sábado , 8 novembro 2025
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Moradora de Heliópolis que agrediu médica em hospital de São Caetano causou R$ 30 mil em prejuízos e será processada

Imagem ilustrativa gerada por AI.

Profissional da saúde está traumatizada: “Não sei como voltar a atender”, desabafa

A médica agredida por uma moradora de Heliópolis no Hospital Municipal de Emergências Albert Sabin, em São Caetano do Sul, está profundamente abalada e teme retornar ao trabalho. A agressora, mãe de uma paciente adolescente, não só atacou fisicamente a profissional como também causou um prejuízo estimado em R$ 30 mil ao vandalizar a unidade de saúde. O caso gerou forte repúdio por parte do Sindicato dos Médicos do ABC (SindMed ABC) e será encaminhado à Justiça.

O episódio violento ocorreu na última sexta-feira (14), quando a mãe da paciente, visivelmente exaltada, invadiu o consultório e partiu para cima da médica plantonista. Segundo relato da vítima, a mulher deu um soco em seu rosto, arremessou objetos e a empurrou. Outros profissionais tentaram conter a agressora, que ainda assim conseguiu causar danos à estrutura do hospital, como computadores, cadeiras e vidros.

“Estou completamente em choque. Não sei como voltar a atender depois disso. Nunca passei por uma situação tão violenta”, desabafou a médica em entrevista ao portal ABC em Off. Ela relatou que está emocionalmente abalada, não consegue dormir direito e está em acompanhamento psicológico após o episódio. “Foi um ataque brutal. Senti medo pela minha vida e pela dos colegas”, completou.

Fotos: ABC em Off

O diretor técnico do hospital, Dr. Paulo Galvão, afirmou que a unidade está prestando todo o suporte necessário à profissional. “A equipe de saúde ficou muito abalada com o ocorrido. Já tomamos as medidas cabíveis, tanto administrativas quanto judiciais”, declarou.

Segundo o Diário do Grande ABC, o prejuízo causado pela mulher durante o ataque foi de aproximadamente R$ 30 mil. Além da agressão física, ela quebrou equipamentos e mobiliário hospitalar, exigindo que áreas fossem interditadas para reparos.

A agressora, identificada como moradora da comunidade de Heliópolis, maior favela de São Paulo, foi conduzida pela Polícia Militar à delegacia e vai responder criminalmente pelos atos. O boletim de ocorrência foi registrado e o caso será encaminhado ao Judiciário.

Em nota oficial, o SindMed ABC repudiou o ato, classificando-o como “inadmissível” e cobrando providências imediatas. “É inaceitável que profissionais da saúde, que se dedicam ao cuidado da população, sejam vítimas de violência no exercício de sua função”, diz o comunicado. O sindicato também ressaltou a importância de medidas que garantam a segurança dos trabalhadores nos ambientes hospitalares.

O caso acendeu o alerta para a crescente violência contra profissionais da saúde em unidades públicas e privadas. Nos últimos anos, diversos episódios semelhantes vêm sendo registrados em todo o país, com médicos e enfermeiros expostos a agressões físicas e verbais.

Enquanto isso, a médica segue afastada, em processo de recuperação emocional. “Ainda não sei se vou conseguir voltar. A sensação de insegurança é muito grande. Preciso de tempo para entender o que aconteceu e tentar superar”, concluiu.

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