Nesta sexta-feira (30) é celebrado o Dia do Geólogo. Também conhecidos como “engenheiros geológicos”, os geólogos são profissionais que estudam a estrutura, composição e origem do planeta Terra, além de levantarem dados para a composição de mapas geológicos e de recursos minerais.
Os geólogos são responsáveis por realizar coletas de amostras e descrições de diversos tipos de rochas, contribuindo para a redução de riscos nos investimentos em mineração. Esses profissionais buscam por recursos minerais e, por meio de uma série de cálculos e análises, conseguem estabelecer se o recurso pode ser aproveitado em termos econômicos e socioambientais.
Para celebrar essa data, o Instituto de Geociências (IGc) da USP reinaugurou o seu Museu de Geociências, que estava fechado desde setembro de 2023, para reformas. O espaço teve sua estrutura ampliada, com a implementação de uma linguagem expográfica e abordagens mais acessíveis ao público geral interessado nas ciências da Terra.
A narrativa imersiva do Museu busca conduzir os visitantes por uma “viagem no tempo”, desde a origem do Universo até o impacto humano na Terra. A proposta é elucidar um pouco da história de 4,6 bilhões de anos do planeta, a partir de conhecimentos que entrelaçam passado, presente e futuro.
O acervo apresenta seções sobre o funcionamento de dentro da Terra e o nascimento dos sistemas planetário e solar. A partir de ilustrações da subdivisão interna do planeta e da exibição de minerais e rochas que compõem sua estrutura, forma-se uma longa trajetória que percorre momentos como o surgimento das galáxias e do Universo.
Entre as principais novidades da reforma, destacam-se as exibições de peças raras: um meteorito gigante, coleções inéditas de diamantes coloridos e fósseis de plantas e animais. O meteorito de Itapuranga, à mostra logo na parte inicial do Museu, é o quinto maior já encontrado no Brasil, pesando 628 kg.
Já os raros diamantes coloridos, também chamados de diamantes fancy, estão em exposição pela primeira vez na história do Museu. A seção permite a interação do público com as peças, que podem ser observadas a partir de uma lente de aumento. Os processos de origem e formação dos minerais são complementados pela mostra temporária Kimberlitos e a origem dos diamantes, organizada pelo pesquisador Rogério Guitarrari Azzone.
O Museu de Geociências está localizado no 1° andar da Rua do Lago, 562 – Cidade Universitária, Butantã, São Paulo – SP.
A entrada é gratuita e o horário de funcionamento vai de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Visitas escolares devem ser agendadas previamente pelo site: https://museu.igc.usp.br/.

História do museu
O Museu de Geociências do IGc foi fundado nos anos 1930, resultado de um processo de atividades de ensino e pesquisa realizadas na Universidade. A partir da doação de uma coleção didática de minerais, feita pelo professor Ettore Onorato ao curso de Ciências Naturais, nasceu a primeira coleção geológica da USP.
A coleção didática cresceu ao longo dos anos, com a incorporação de outras coleções particulares e institucionais. Após anos ocupando instalações provisórias, em 1992 o Museu de Geociências ganhou um espaço feito especialmente para suas instalações.
Com mais de 90 anos de existência, o Museu conta com um vasto acervo de minerais, rochas, fósseis, espeleotemas, meteoritos e gemas, além de cumprir também com um propósito didático e educativo.

Reabrindo as portas para o público
No dia 26 de maio, aproveitando a semana em que se comemora o Dia do Geólogo, o Instituto de Geociências reinaugurou o seu Museu de Geociências. A cerimônia reuniu dirigentes, pesquisadores, servidores e estudantes da Universidade.
“A riqueza cultural dos museus da USP é impressionante. Além das áreas expositivas, os museus universitários oferecem muita pesquisa, curadoria do acervo e atividades que só encontramos em um ambiente acadêmico. Temos que divulgar essas coleções e incentivar nossos alunos a visitarem nossos museus. Tenho a certeza de que os profissionais que entram em contato com toda essa diversidade de conhecimento, certamente, estarão mais bem preparados para mudar a realidade em que vivem. É uma riqueza que precisamos aproveitar”, afirmou o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Segundo a diretora do IGc, Marly Babinski, “não temos a data exata de quando o museu foi fundado, mas certamente foi em torno de 1935, com a criação do curso de Ciências Naturais, portanto, estamos completando 90 anos. Hoje é um dia muito especial, porque disponibilizamos esse que é um dos melhores acervos do país, com peças de beleza única, não só para a comunidade universitária, mas para toda a sociedade”.

Antes de fechar para a reforma, em setembro de 2023, o Museu chegou a receber mais de 10 mil visitantes ao ano, principalmente de alunos do ensino fundamental, tanto de escolas públicas quanto privadas.
Também prestigiaram a cerimônia o vice-diretor do IGc, Renato Paes de Almeida; a presidente do Conselho do Museu, Christine Laure Marie Bourotte; e a chefe técnica do Museu de Geociências, Miriam Della Posta de Azevedo.
Deixe um comentário