O Grupo St Marche, rede de supermercados focada em consumidores de alta renda, protocolou, na última quarta-feira, 16, um pedido de recuperação extrajudicial.
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O principal objetivo da ação é reorganizar as dívidas, que totalizam quase R$ 530 milhões, sem prejudicar seus credores, funcionários e fornecedores. O documento protocolado pela empresa afirma que essa estratégia é a mais “viável para uma reestruturação eficaz”.
Histórico de medidas financeiras da St Marche
Em fevereiro deste ano, a companhia solicitou à Justiça a suspensão temporária do pagamento das dívidas, com o objetivo de se proteger das cobranças e evitar um pedido de recuperação judicial.
Na ocasião, foi requerida uma tutela de urgência cautelar à 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. A medida visava a facilitar uma composição rápida e organizada entre a empresa e seus credores.
Tentativas de captação de recursos
A rede St Marche, com cerca de 30 lojas no Estado de São Paulo, tentou abrir seu capital em 2021 para captar recursos que sustentassem seu crescimento acelerado. Contudo, a iniciativa foi interrompida em virtude das mudanças no cenário macroeconômico.


Além disso, a crise causada pela fraude contábil na Americanas em 2023 reduziu o crédito disponível para o setor. O problema afetou diretamente o St Marche. Fundada em 2002 pelos empresários Bernardo Ouro Preto e Victor Leal, a rede tem sede em São Paulo e é controlada pela L Catterton, empresa associada ao executivo francês Bernard Arnault.
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