A Boeing anunciou nesta terça-feira, 22, a venda da Jeppesen e de outros ativos para o fundo de investimentos Thoma Bravo, em um acordo avaliado em US$ 10,6 bilhões. O fundo vai pagar o valor integral em dinheiro, em um movimento estratégico que deve ajudar a fabricante a reduzir sua dívida, atualmente estimada em US$ 58 bilhões.
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Além da Jeppesen, especializada em planos de voo interativos, a negociação inclui as empresas ForeFlight, AerData e OzRunways. Segundo comunicado oficial, a Boeing deve manter acesso aos dados operacionais dessas unidades para uso em manutenção, diagnóstico e reparos.
A Boeing comprou a Jappesen por US$ 1,5 bilhão em 2000. Desde então, ampliou sua presença no mercado com uma base de clientes que vai de companhias aéreas até pilotos amadores.
Lucrativa, a empresa era considerada um ativo valioso, mas fora do núcleo estratégico da companhia. Nesse sentido, a decisão de vendê-la está alinhada ao plano do CEO Kelly Ortberg, que busca simplificar o portfólio da empresa e reforçar o foco nas divisões de aviação comercial e militar.
Boeing reforça o pacote com ativos e serviços complementares
O valor da venda superou expectativas iniciais ao incluir o ForeFlight e o OzRunways — aplicativos populares entre pilotos civis. A Boeing adquiriu o ForeFlight em 2019 e o utiliza em navegação aérea. Já o OzRunways auxilia no monitoramento de alertas da aviação civil, os chamados NOTAMs.
Além disso, a transação abrange a AerData, que oferece soluções de gerenciamento de frotas para companhias aéreas. A inclusão desses ativos reforçou o interesse de investidores estratégicos.
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Como resultado, a Thoma Bravo, uma das maiores firmas globais de “private equity” com foco em software, venceu uma concorrência acirrada. Empresas como Honeywell, GE Aerospace, RTX Corp. e TransDigm chegaram a manifestar interesse, além de grupos como Carlyle, Blackstone e Advent.
A Boeing vai divulgar os seus resultados financeiros nesta quarta-feira, 23. A gestão Ortberg promoveu a venda da Jeppesen como seu maior movimento até agora para recuperar a confiança do mercado e reequilibrar as finanças da empresa.
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