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inflação deve levar juros a 15% ao ano em 2025


O Banco Central do Brasil elevou a taxa Selic pela quinta vez consecutiva, em meio a um cenário de inflação persistente. O mercado financeiro prevê que a Selic pode chegar a 15% ao ano até 2025, segundo o Boletim Focus.

Essa expectativa reflete preocupações com a inflação, que fechou 2024 com 4,83%, acima da meta do BC. Para 2025, a previsão é de uma inflação de 5,66%, enquanto a meta continua em 3%, com tolerância entre 1,50% e 4,50%.

Os preços monitorados, que incluem energia elétrica, combustíveis, alimentos, taxas de água e esgoto, são controlados pelo governo ou mercado, e não seguem a oferta nem a demanda. Em fevereiro, a inflação dos combustíveis foi de 2,89%, impactada pelo aumento do ICMS.

Os preços monitorados acumulam alta de 5,19% em 12 meses. Em entrevista ao portal g1, Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay, declarou que “esses itens, que têm grande peso no índice, não podem ser controlados pela política de juros”.

Fatores externos e inflação de serviços

Fatores externos, como a cotação do dólar e o preço do petróleo, influenciam esses preços, além de condições climáticas que afetam a produção de alimentos e energia.

Já a inflação de serviços, que representa cerca de 35% do IPCA, é mais sensível à oferta e à demanda. Inclui itens como aluguéis, mensalidades escolares e alimentação fora de casa, tornando-se a inflação que mais aumenta a percepção de que “tudo está mais caro”.

Até fevereiro, a inflação de serviços acumulada em 12 meses foi de 5,32%, segundo Alexandre Maluf, economista da XP. Sem os efeitos sazonais, esse índice chega a 8%.

Essa inflação é impulsionada por um mercado de trabalho aquecido, inércia inflacionária e custos elevados de insumos e energia. A taxa de desemprego está baixa, aumentando o consumo e dificultando novas contratações, o que eleva salários e pressiona a inflação.

Projeções da Selic e estratégias contra a inflação

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Aumento da Selic é necessário para conter a inflação | Foto: Reprodução/Pixabay

Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, afirma que juros altos são essenciais para controlar a inflação, encarecendo o crédito e reduzindo o consumo. O Copom deve manter essa política por mais tempo.

O Inter prevê que a Selic chegue a 14,75% ao ano, começando a cair em novembro. O PicPay estima 15%, com cortes só em 2026. Já a XP espera dois aumentos, levando a taxa a 15,50% no meio do ano.

Rodolfo Margato, economista da XP, explica que esse nível de juros é necessário para conter a inflação persistente, especialmente no setor de serviços. Ele projeta uma queda gradual da Selic a partir de 2026, podendo chegar a 12,50% até o fim do ano, se houver desaceleração econômica e controle fiscal.

Apesar do impacto na economia, os economistas não veem risco de recessão em 2025. Margato reforça que o BC só cortará juros quando houver sinais claros de que a inflação caminha para a meta de 3%.

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