sábado , 5 julho 2025
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Major israelense rebate pergunta da GloboNews sobre número de mortos em Israel e vídeo repercute nas redes

Comentarista da emissora foi alvo de críticas após questionamento considerado insensível; resposta de oficial das FDI foi direta e viralizou

O major Rafael Rozenszajn, brasileiro e porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), publicou neste domingo (22) um vídeo em suas redes sociais respondendo a uma pergunta feita pela comentarista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, sobre o número relativamente baixo de civis mortos em Israel durante os recentes ataques do Irã.

A indagação, feita no sábado (20) durante transmissão ao vivo, causou forte reação negativa nas redes sociais. Cantanhêde questionou o correspondente da emissora em Nova York, Jorge Pontual, com a seguinte frase:
“Por que os mísseis que saem do Irã e caem em Israel não matam ninguém? Tem somente uma mortezinha daqui, outra dali.”

O tom e a escolha das palavras geraram críticas imediatas. Rozenszajn reproduziu esse trecho antes de apresentar sua resposta, feita diretamente da cidade de Ness Ziona, no centro de Israel, onde um míssil iraniano havia caído naquela manhã.

“Porque nós nos preocupamos com nossos civis.
Enquanto nossos inimigos utilizam todos os recursos para aprimorar a máquina de destruição, movidos pelo ódio, e constroem mísseis, túneis e usinas nucleares, deixando seus civis expostos e até utilizando eles como escudos humanos, nossa prioridade são nossos civis.
Por isso nós construímos e aprimoramos sistemas de defesa aérea, bunkers, hospitais, centros de habilitação.
O Irã lançou mais de 500 mísseis balísticos em uma semana. Menos de 10% desses mísseis chegaram ao seu destino. Tente imaginar se todos os mísseis alcançassem seus objetivos.”

A resposta do oficial reforçou o investimento israelense em sistemas de proteção civil e também expôs a diferença de estratégias entre Israel e seus inimigos na região.

Críticas à GloboNews e ausência de espaço

Na sexta-feira (20), antes mesmo da repercussão da fala de Cantanhêde, Rozenszajn já havia se manifestado em vídeo e publicação no Instagram, apontando que, desde o início do conflito, apareceu em diversos canais brasileiros — com exceção da GloboNews.

“Marcaram entrevista. Cancelaram. Reagendaram. Cancelaram de novo”, disse o major.

Diante da reação pública ao comentário da jornalista, é possível que ele finalmente tenha espaço na emissora — ainda que de forma tardia.

Retratação parcial da comentarista

Após a repercussão negativa, Eliane Cantanhêde publicou dois textos na rede social X (antigo Twitter). O primeiro, feito às 21h07 do sábado (21), não apresentou pedido de desculpas, mas buscou contextualizar sua fala:

“Condeno o antissemitismo e não sou um monstro que ‘lamenta’ poucas mortes em qualquer guerra que seja, mas é importante entender por que os ataques do Irã são menos mortais que os israelenses. Quais são os mísseis iranianos? Como são a defesa, as edificações e bunkers de Israel?”

Com a manutenção das críticas, a comentarista voltou à rede pouco antes da 1h da manhã de domingo (22), reconhecendo o erro no tom da pergunta:

“Depois de rever a gravação da pergunta que fiz na sexta-feira, reconheço que me expressei mal e dei margem a conclusões equivocadas, que não representam meu pensamento, pelo que peço desculpas. A intenção foi fazer uma pergunta técnica sobre armamentos e sistemas de defesa.”

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