quinta-feira , 11 setembro 2025
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UE, Taiwan e Israel propõem zerar tarifas sobre produtos dos EUA


A União Europeia, Taiwan e Israel apresentaram propostas de zerar as tarifas alfandegárias sobre produtos americanos para tentar evitar uma guerra comercial com os Estados Unidos.

O comissário europeu ao Comércio, Maroš Šefčovič | Foto: REUTERS/Johanna Geron

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou a ideia nos últimos dias. E o comissário europeu ao Comércio, Maroš Šefčovič, ilustrou nesta segunda-feira, 7, a proposta após um Conselho dos ministros responsáveis pelas pautas comerciais dos países da União Europeia.

“Estamos prontos para negociar, mas não vamos esperar para sempre”, disse Šefčovič.

Saiba mais: Trump endurece discurso e defende tarifas contra China

Por outro lado, na noite desta segunda-feira os europeus apresentarão a primeira lista de produtos americanos que poderiam sofrer contramedidas que entrarão em vigor em 15 de abril.

Taiwan também quer cortar tarifas

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, ofereceu no último domingo, 6, tarifas zero como base para negociações com os EUA, prometendo remover barreiras comerciais em vez de impor medidas recíprocas e dizendo que as empresas taiwanesas aumentarão seus investimentos nos EUA.

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te | Foto: REUTERS/Ann Wang
O presidente de Taiwan, Lai Ching-te | Foto: REUTERS/Ann Wang

O presidente americano Donald Trump anunciou tarifas de importação generalizadas na última quarta-feira, 2, com taxas muito altas para dezenas de países que têm grande superávit comercial com os EUA.

Saiba mais: Tarifas de Trump provocam derrocada dos mercados na Ásia, e Bolsa do Japão aciona circuit breaker

No caso de Taiwan, a tarifa adicional foi de 32% sobre seus produtos. A imposição, todavia, não se aplica aos semicondutores, uma importante exportação de Taiwan.

Em uma mensagem de vídeo divulgada por seu gabinete após reunião com executivos de pequenas e médias empresas em sua residência, Lai disse que, dada a dependência de Taiwan do comércio, a economia inevitavelmente teria dificuldades para lidar com as tarifas, mas que ele achava que o impacto poderia ser minimizado.

“As negociações tarifárias podem começar com ‘tarifas zero’ entre Taiwan e os Estados Unidos, com referência ao acordo de livre comércio EUACanadáMéxico“, disse Lai.

Saiba mais: Trump impõe tarifa de 10% ao Brasil e isenta Venezuela e Nicarágua

O presidente taiwanês salientou que não tem planos de adotar retaliações tarifárias, e não haverá mudanças nos compromissos de investimento das empresas taiwanesas com os Estados Unidos, desde que sejam do interesse de Taiwan.

A maior fabricante de chips contratado do mundo, a taiwanesa TSMC, anunciou no mês passado um investimento adicional de US$ 100 bilhões nos EUA.

“No futuro, além do aumento do investimento da TSMC, outras indústrias, como eletrônica, informação e comunicações, petroquímica e gás natural poderão aumentar o investimento nos EUA e aprofundar a cooperação industrial entre Taiwan e EUA”, disse Lai.

O governo de Taiwan está considerando quais compras agrícolas, industriais e de energia em larga escala serão feitas de produtores dos Estados Unidos, enquanto o Ministério da Defesa já apresentou seus planos de compra de armas.

“Todas as compras serão realizadas ativamente”, disse Lai.

Os EUA são o principal garante da segurança de Taiwan e seu principal fornecedor de armas, apesar da ausência de laços diplomáticos formais.

Saiba mais: Elon Musk apoia livre comércio entre EUA e Europa depois de tarifas de Trump

Taiwan tem enfrentado crescente pressão militar e política da China, que considera a ilha como uma província rebelde.

Israel também zera tarifas comerciais contra os EUA de Trump

O governo de Israel foi mais rápido e já zerou suas tarifas sobre importações dos Estados Unidos. Os israelenses foram mais rápidos, e aprovaram o fim das barreira alfandegárias um dia antes do governo Trump anunciar as sobretaxas.

“As tarifas sobre todas as importações dos Estados Unidos serão canceladas”, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

A medida ainda precisa da assinatura final do Ministro da Economia, Nir Barkat, e do comitê de finanças do parlamento. Ambas deverão ocorrer rapidamente.

Os Estados Unidos são o maior parceiro comercial e aliado mais próximo de Israel, com comércio bilateral avaliado em US$ 34 bilhões em 2024.

“A remoção de tarifas sobre produtos americanos é mais um passo… para abrir o mercado à concorrência, diversificar a economia e reduzir o custo de vida”, disse o primeiro-ministro Netanyahu em uma declaração conjunta com Barkat e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.

“Além dos benefícios econômicos para a economia e os cidadãos de Israel, a medida atual nos permitirá fortalecer ainda mais a aliança e os laços entre Israel e os Estados Unidos“, explicou o premiê.

Israel e os EUA assinaram um acordo de livre comércio há 40 anos e cerca de 98% dos produtos americanos são isentos de impostos.



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